ÁREA CIENTÍFICA DPA
PERIODICIDADE Semestral
SEMESTRES 8º semestre
HORAS TOTAIS 420
HORAS DE CONTACTO 240
TIPOLOGIA Teórico-Prática
ECTS 15


Resumo
Desenvolvimento de programas arquitetónicos inseridos em áreas patrimoniais, procurando estabelecer relações formais, espaciais e construtivas entre as mesmas e as novas exigências a implementar. O projeto enquanto valorização da pré-existência: processos de conservação, restauro, recuperação, reabilitação e renovação. Definição de conceitos teóricos próprios, devidamente fundamentados, que estruturem a relação entre a pré-existência e a intervenção.

Objetivos de Aprendizagem
Distinção entre processos de projetos de raiz e intervenções em pré-existências de valor patrimonial. Consciencialização dos problemas e desafios da salvaguarda do património. Valorização do património nas suas distintas vertentes e dimensões; compreender as sinergias do património material e imaterial e seus valores e significados associados. Inventariação, investigação e diagnóstico de um objeto de estudo patrimonial. Elaborar uma estratégia de intervenção de acordo com opções conceptuais de referência e ferramentas e técnicas existentes, adequando as opções de projeto à especificidade da preexistência. Identificar e compreender agentes intervenientes (e seu papel) em processos de intervenção patrimonial. Instrumentos legislativos específicos; consultar, verificar e enquadrar o projeto nos respetivos planos de proteção. Estruturar e comunicar o projeto de acordo com a especificidade da intervenção patrimonial. Sensibilizar para a o impacto da intervenção, procurando relacionar o projeto com o desenvolvimento de ações sustentáveis de conservação, gestão, proteção e utilização.

Conteúdos Programáticos
Diagnóstico; análise; síntese; programa; conceito; proposta projetual de reabilitação. Componentes da tectónica, tecnologia e técnicas de reabilitação – articulação entre a pré-existência e intervenção. Problematização da reabilitação: teorias e conceitos, critérios e técnicas. Exercício prático de reabilitação de património: do projeto à execução. Reconhecimento do edifício a intervir, o valor das memórias e a relevância dos seus significados; levantamentos diversos; diagnóstico físico, tipológico (da estrutura espacial), funcional, de patologias, entre outros; análise urbano-arquitetónica, histórica, social, cultural, económica, entre outras. Fundamentos e definições sobre a intervenção no património urbano-arquitetónico.

Metodologia de Ensino
A aprendizagem assenta na experimentação em projeto com apoio teórico e acompanhamento individual dos estudantes por parte do docente. Com base em instrumentos, ferramentas, técnicas e tecnologias (analógicas e digitais), a metodologia de ensino desdobra-se em abordagens racionais e fenomenológicas, combinando âmbitos do pensamento fundamentado com domínios sensitivos e da perceção. Os conhecimentos são transmitidos em trabalho prático, aulas de exposição de conteúdos, visitas de estudo exploratórias, trabalho de campo estruturado, seminários, organização programática do projeto, com particular atenção à capacidade de comunicação visual, escrita e oral das propostas desenvolvidas. As estratégias de ensino-aprendizagem respondem à especificidade dos exercícios indicados, com sessões multimédia de debate para reflexão individual e/ou em grupo, A metodologia concorre, em termos gerais, para o ensino sistemático e crítico.

Método de Avaliação
O exercício de projeto é avaliado em três momentos definidos, aos quais correspondem outras tantas fases de desenvolvimento de projeto. O método de avaliação é contínuo, em que o docente afere, aula a aula, o envolvimento e compromisso do estudante com a UC, verificando a progressão da aprendizagem – podendo registar, sessão a sessão, os níveis de aquisição de conhecimentos que os estudantes vão revelando no aprofundamento dos seus projetos. Os momentos de avaliação contemplam a entrega e apresentação individual dos elementos, escalas e informação produzidas pelos estudantes para o efeito. Cada momento de avaliação é acompanhado por um enunciado que enquadra o âmbito e as problemáticas a dar resposta pelos estudantes para a respetiva etapa do exercício.

Bibliografia
APPLETON, João (2003). Reabilitação de edifícios antigos: patologias e tecnologias de intervenção. Amadora : Orion. ISBN 972-8620- 03-9. Cota BDC: 72.025 / A 658 r.
CABRITA, A. M. Reis ; AGUIAR, José (1988). Monografia portuguesa sobre inovação e reabilitação de edifícios.[Lisboa?] : LNEC. Cota na BDC: 72.025 / C 123 m.
CÓIAS, Vítor (2007). Reabilitação estrutural de edifícios antigos : alvenaria, madeira: técnicas pouco intrusivas. Lisboa : Argumentum ; Lisboa : GeCorpa. ISBN 978-972-8479-40-9. Cota BDC: 72.025 / C 629 r.
LOPES, Flávio ; CORREIA, Miguel Brito (2004). Património arquitetónico e arqueológico : cartas, recomendações e convenções internacionais. Lisboa : Livros horizonte. ISBN 972-24-1307-4. Cota BDC: 719 / L 85 p.
PETERS, Paulhans (1977). Reutilización de edificios : renovación y nuevas funciones. Barcelona : Gustavo Gili. ISBN 84-252-0642-1. Cota BDC: 72.025 / P 575 x.