ÁREA CIENTÍFICA HUM
PERIODICIDADE Semestral
SEMESTRES 8º semestre
HORAS TOTAIS 168
HORAS DE CONTACTO 80
TIPOLOGIA Teórico-Prática
ECTS 6


Resumo
Desenvolvimento de estratégias e processos para a intervenção no património edificado, incidindo sobre problemáticas relativas à identificação de patologias, respetiva análise e diagnóstico, partindo de casos práticos e atendendo à sua caracterização e princípios operativos de intervenção patrimonial. Consolidação de abordagens técnicas adequadas à revitalização do património em conformidade com normativas e recomendações regulamentares vigentes, quer nacional como internacionalmente. Desenho e estruturação de soluções construtivas aplicadas em construções pré-existentes.

Objetivos de Aprendizagem
Incentivar a análise crítica dos estudantes sobre os problemas e patologias, que atingem o Património, sobre as alterações que um edifício vai sofrendo ao longo da sua vida útil devido, entre outras, à idade, acidentes que sofreu, alterações por que passou e relacioná-las com as possíveis causas. Estimular o debate nas aulas sobre a intervenção no Património construído. Incutir no estudante, a importância das opções de projeto, nomeadamente na escolha de técnicas e materiais e da sua manutenção na durabilidade dos edifícios. Enfoque no controlo de custos. Fomentar a participação ativa do estudante, de modo a que ele interprete os mecanismos da alteração e/ou deterioração de um edifício, os entenda na sua complexidade e formule metodologias de intervenção adequadas.

Conteúdos Programáticos
O tempo e a obra. Comportamento dos vários constituintes de um edifício ao longo do tempo; Definições: equipa multiunidade curricular; patologia; diagnóstico; recolha de informação, fases, danos e ensaios; acessos, higiene e segurança; fundações e pavimentos enterrados; alvenarias. Os principais agentes da deterioração. A água nas construções; tipologias de humidade; soluções de prevenção; definição do problema e processo de intervenção. Humidade de precipitação: causas; consequências; tratamentos; problemas estruturais. Paredes exteriores de edifícios: caracterização das anomalias; diagnóstico; metodologias e tecnologias para a reparação; caso das paredes de betão armado: métodos e técnicas para reparação das superfícies e volumes. A patologia da pedra: propriedades das rochas; agentes agressivos; tipos de deterioração; exemplo do granito; tratamentos. Coberturas de edifícios; tipologias geométricas; tipologias materiais; tipologias de asnas; Anomalias especificas; Metodologias e Tecnologias de Intervenção.

Metodologia de Ensino
A aprendizagem assenta num quadro metodológico teórico-prático com duas componentes distintas: uma apoiada em conhecimentos consubstanciados em sessões teóricas, principalmente direcionadas para critérios e fundamentos do diagnóstico de patologias; outra em que o ensino assenta na experimentação prática de problemáticas relativas a tecnologias de conservação e restauro. Os métodos de ensino complementam-se com visitas de estudo exploratórias e visitas técnicas estruturadas. O docente é responsável pela apresentação teórica, com recurso a meios audiovisuais, dos eixos orientadores de procedimentos a adotar no desenvolvimento de nove mini-trabalhos práticos, nos quais se ensaiam, genericamente, abordagens à conservação e ao restauro. As estratégias de ensino-aprendizagem respondem à especificidade dos exercícios desenvolvidos, com sessões multimédia de debate para reflexão individual e/ou em grupo. A metodologia concorre para o ensino sistemático e crítico.

Método de Avaliação
O docente afere, aula a aula, o envolvimento e compromisso do estudante para com a UC, verificando a progressão da aprendizagem e os níveis de aquisição de conhecimentos que os estudantes revelam no desenvolvimento de 3 trabalhos práticos, 1 teste escrito de avaliação. A avaliação é contínua e estrutura-se nos níveis de resultados da investigação, experimentação, análise e sistematização que os estudantes demonstram nos exercícios desenvolvidos ao longo do semestre. Cada momento de avaliação é acompanhado por um enunciado que enquadra as problemáticas e o âmbito das questões a dar resposta pelos estudantes.

Bibliografia
Appleton, J. (2003). Reabilitação de edifícios antigos: patologias e tecnologias de intervenção. Amadora : Orion. ISBN 972-8620-03-9. Cota BDC: 72.025 / A 658 r.
Cóias, V. (ed.) (1999- ). Pedra & Cal. Lisboa: Gecorpa. ISSN 1645-4863
Cóias, V. (2007). Reabilitação Estrutural de Edifícios Antigos. Lisboa : Argumentum. ISBN 978-972-8479-40-9. Cota BDC: 72.025 / C 629 r.
Costa, A., Arede, A., Paupério, E., & Romão, X. (Ed.s) (2014). Reabilitação estrutural. Casos Práticos de Intervenção em Estruturas Patrimoniais. Porto: IC – Instituto da Construção, Universidade del Porto. ISBN 978-972-752-172-2.
Henriques, F. (2001). Humidade em paredes. Lisboa : LNEC. ISBN 972-49-1592-1. Cota BDC: 699.82 / H 449 h.